Entenda por que ele é uma grande ameaça para as granjas de frangos de corte e saiba a maneira mais eficaz de controlá-lo
Por sua capacidade adaptativa a mudanças de temperatura e sua característica de alta resistência a pH 3 e à desinfecção com formalina 3%, o reovírus aviário (ARV) representa hoje uma enorme ameaça para a avicultura.
A nomenclatura (REOvírus) se deve ao fato de terem sido identificados pela primeira vez no trato respiratório e nas fezes de aves (Respiratory and Entheric Orphan vírus), antes mesmo de conhecermos que patologias causariam.
O ARV está relacionado a diferentes quadros patológicos, como distúrbios entéricos e respiratórios, hepatite, hidropericárdio, miocardite, pericardite e pancreatite. Isso acontece porque o reovírus aviário tem ação imunossupressora, principalmente quando associado a outros patógenos, como os vírus das doenças de Gumboro e de Marek, anemia infecciosa das galinhas, doença de Newcastle, além de interações com micotoxinas. Artrite viral (AV) e síndrome da má absorção (SMA), no entanto, são as principais doenças.
“Também conhecida como tenossinovite infecciosa, a artrite viral é um dos maiores responsáveis por condenação de carcaça no abate. A depender da severidade da lesão, as aves afetadas podem ter dificuldade para caminhar, além de piora no crescimento e na conversão alimentar”, explica o médico-veterinário Antônio Kraieski, Assistente Técnico de Aves da Zoetis.
A AV pode ser causada por diferentes sorotipos de reovírus e acometer frangos de corte, reprodutoras (leves e pesadas) e perus. Afeta principalmente frangos de corte, de quatro a oito semanas de idade. Os machos, geralmente, são acometidos entre 12 e 16 semanas de vida.
Já a síndrome da má absorção, também chamada síndrome de refugagem, acomete aves jovens, de uma a três semanas, e caracteriza-se, principalmente, por apatia e falta de mobilidade das aves, desuniformidade de lotes, deficiência de pigmentação, problemas ósseos, aves com penas eriçadas e com plumagem molhada, além de intensa diarreia e a presença de alimento parcialmente digerido nas fezes das aves.
Controle
“Por seu alto poder de transmissão (em torno de 30%) e de mortalidade (entre 5% e 10%), a maneira mais eficaz de controle do reovírus é a imunização das reprodutoras visando altos níveis de transferência de imunidade passiva para as aves de corte”, diz Kraieski.
Vacina viva atenuada, POULVAC REO é indicada para a prevenção da artrite viral em galinhas reprodutoras a partir da 1ª semana de vida.
Já POULVAC MATERNAVAC IBD – REO, vacina inativada, é indicada para revacinação de galinhas reprodutoras como medida auxiliar na prevenção da doença de Gumboro e infecções por reovírus. Confere altos níveis de anticorpos maternos, que são transferidos para a progênie das aves vacinadas.
Para outras informações técnicas sobre o tema, acesse o Painel da Avicultura.
Fonte: Zoetis
Colaboração: Departamento Técnico da FCB
Muito interessante o artigo
Olá Luiz, agradecemos a sua visita e o feedback.
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Equipe FCB