O Ministério da Agricultura e Pecuária, sob o comando do ministro Carlos Fávaro, decretou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional devido à detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1 – em aves silvestres no Brasil. A Portaria nº 587 foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22).
Essa medida tem duração de 180 dias e faz parte dos esforços do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para evitar a disseminação da doença na produção de aves, tanto para consumo próprio quanto para comercialização, além de preservar a fauna e a saúde humana.
O ministro Fávaro explica que a declaração de estado de emergência zoossanitária permite a mobilização de recursos financeiros, logísticos e tecnológicos por meio da união de esforços entre os ministérios, organizações governamentais e não governamentais nas esferas federal, estadual e municipal. Essa ação visa garantir os meios necessários para a execução das medidas de emergência e evitar a propagação da doença.
Novos casos da influenza aviária foram confirmados nesta tarde pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Três novos casos positivos foram identificados no estado do Espírito Santo, especificamente nas aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (conhecidas popularmente como trinta-réis-de-bando), encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.
Até o momento, foram confirmados oito casos em aves silvestres, sendo sete no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As espécies afetadas são Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
O MAPA reforça o alerta à população para que não recolham aves doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo, a fim de evitar a propagação da doença.
A Portaria nº 587 também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves, bem como a criação de aves ao ar livre, sem telas na parte superior dos piquetes, em estabelecimentos registrados no MAPA. Essa medida se aplica a todas as espécies de aves, sejam de produção, ornamentais, passeriformes, silvestres ou exóticas criadas em cativeiro e para outros fins.
Nesta mesma data, a Secretaria de Defesa Agropecuária coordenou a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE), responsável pelo planejamento, avaliação e controle das ações nacionais relacionadas à influenza aviária. Esse grupo será responsável pela coordenação das medidas de prevenção, vigilância e cuidados com a saúde pública, além de garantir a troca de informações entre ministérios, órgãos, agências estaduais e setor privado.
A Federação Columbófila Brasileira (FCB) está atenta a essa situação e seguirá as orientações e diretrizes do MAPA para garantir a segurança dos seus associados e a preservação das aves. Reforçamos a importância de seguir as medidas preventivas e de higiene recomendadas pelas autoridades sanitárias.
Em caso de dúvidas ou informações adicionais, entre em contato com a Assessoria de Imprensa da FCB pelo e-mail [email protected]
Contamos com a colaboração e compreensão de todos nesse momento desafiador.
Atenciosamente,
Dr. Cláudio Boriola – Presidente da Federação Columbófila Brasileira (FCB)
Link da Nota Oficial do MAPA:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/ministro-da-agricultura-declara-emergencia-zoossanitaria-devido-a-influenza-aviaria-no-brasil
